Além da CEB, o banco vai planejar vendas de outras estatais e até a concessão da Estação Rodoviária
Foto: Divulgação Agência Brasília
O Governo do Distrito Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram, na manhã desta terça-feira (13), Acordo de Cooperação Técnica para a elaboração de estudos prevendo privatizações de outras estatais além da CEB. Entre as empresas estudadas está a Caesb, Metro e até a concessão das operações da rodoviária do Plano Piloto.
O acordo de cooperação do GDF com BNDES é amplo. O banco vai definir novos modelos de participação e reorganização societária, aumento do capital de algumas estatais, outorgas e concessões, definição de Parcerias Público-Privada, arrendamento de bens público e transferências de participação estatal em empresas. “Não há mais razão para que empresas que não tenham ligação com as atividades típicas do Estado permaneçam sob controle estatal”, disse o titular da SDE. Entre as estruturas privatizáveis está até a Rodoviária do Plano Piloto de Brasília.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ruy Coutinho, o intervencionismo estatal no setor produtivo tornou-se excessivo e inviável. O acordo assinado nesta terça-feira vai vigorar por 36 meses, podendo ser prorrogado por igual período. Segundo Coutinho, o escopo do acordo de cooperação é amplo e pode ajudar na modelagem até de empreendimentos interestaduais, como a construção do gasoduto Brasil-Central, de 900 km, que sairá do norte de São Paulo, cortará Minas Gerais e Goiás até chegar no DF.
Ao defender a privatização das estatais, o governador Ibaneis Rocha, disse que é preciso concentrar os recursos em serviços essenciais. “Vamos discutir o que importa para o povo. Cada um pegando o seu bastão e levando na linha correta, vamos em pouquíssimo tempo entregar todos os serviços que precisamos”, disse o governador.
A iniciativa tomada pelo GDF acompanha uma tendência do governo federal que já iniciou uma série de privatizações em todo o país. Ao todo, 134 empresas devem ser privatizadas, vendidas ou extintas, adiantou o secretário nacional de Desestatização, Salim Mattar. “Essa decisão em privatizar a CEB significa o retorno às origens do governo. Ele deve dedicar-se mais a qualidade de vida do cidadão”, acrescentou o secretário.
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